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Poteínas não codificadas pelo DNA

As proteínas são moléculas trabalhadoras das células, elas executam e catalisam uma extraordinária quantidade de reações químicas,por exemplo, fornecem rigidez na estrutura da célula, controlam o fluxo de material através de membrana plasmática , atuam como sensores e chaves, controlam a produção genética e outras coisas mais. Com relação a sua formação até pouco tempo se pensava que elas eram produzidas apenas pela codificação dos gens. Há pouco foi descoberto que ao redor do núcleo da célula na porção chamada citoplasma, há uma estrutura cilíndrica formada por proteínas, que age como um triturador: desfazem as proteínas velhas e defeituosas em suas unidades, os aminoácidos. Pensava-se que esses aminoácidos ficassem livres e fossem reaproveitados na produção de novas proteínas a partir de receitas no material genético das células (DNA). O que agora aparece claramente é que as proteínas responsáveis por essa desmontagem também formam outras proteínas. Algumas delas, além de cortar, também reagrupam trechos distantes de proteína parcialmente desmontadas, modificando-as antes que entrarem em ação, processo chamado de splicing.

Descrito há quase 20 anos em células de plantas e mais tarde em organismos unicelulares só agora o splicing de proteínas foi observado em animais. É uma descoberta que ajuda a explicar por que existem cerca de 90 mil proteínas distintas embora possuam apenas cerca de 30 mil receitas registradas no DNA. Mas ainda não se sabe como em mamíferos os fragmentos de proteínas produzidos dessa forma tem uma função diferente daqueles fabricados a partir do DNA.

Esse mecanismo recém-descoberto foi observado em células tumorais (cancerígena), mas acredita-se que de alguma forma possa haver a possibilidade de que essa recombinação ocorra também com proteínas de células normais, de vírus e de bactérias que infectam organismos.

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